Aprendiz da felicidade

Aprendiz da felicidade

Existe sempre a receita

Pra ser feliz.

Para que fique perfeita,

Haja aprendiz!

Reúnem-se os elementos

Mais envolvidos.

Fazem parte dos sentimentos

Mais escolhidos.

Segue-se a receita à risca

Bem devagar,

Até quase não se pisca

Para acertar!

-Desta vez, tudo está certo!

-É de verdade!

-Ela já está por perto!

-Felicidade!

Mas, faltou por distração,

Em boa massa,

No fundo do coração,

Imensa graça:

A grandiosa bondade

Em doce calma.

Assim a felicidade

Viverá na alma!

Transcendental

O artista tem esse olhar

Intuitivo...

A alma pode enxergar

Ao vivo...

Se a tua fosse visível

A um pintor...

A tela seria incrível

Com tua dor...

Retrataria a saudade

De teu rincão,

E a afetividade

Do coração...

Combinaria as cores

Da aquarela

Em nuanças de primores

Que a ti revela...

Imaginaria o quê

Toca na alma tua,

Pois, muito mais que se vê,

Na aura flutua...

Quando a obra termina,

Transcendental,

O nome que a assina

É imortal...

.

.

 

 

.

.

   

.

Presente da natureza

Aqui, nativos pinhais,

Agora em bosques,

São encantos principais.

Entre eles, há caminhos,

Para enfoques

De várias aves em ninhos.

Também existe seu aroma

Que a brisa agita

E de surpresa nos toma.

Mas, está em pleno ar,

Canção bonita

De fronde a farfalhar!

Vibração de harpa ao vento,

Na melodia

Magistral de um momento.

Depois de ouvi-la alguém,

Só poderia

Sorrir e sentir-se bem!

Quanto vale esta beleza

E alegria

Presente da natureza?

.

 

.

Nefelibata e o diz-que-diz

Nefelibata e o diz-que-diz

Por entre nuvens, vagueia,

 Nefelibata.

Sem obstáculos, passeia,

E arrebata:

Seus sonhos e ideais

Imperecíveis,

Muitos deles atuais

E intangíveis...

Para o que tem pé- no- chão:

-Pode ser louco!

Para o que tem coração:

-É só um pouco...

-Não passa de um poeta...!

O mundo diz:

-A crítica não o afeta,

Nem diz-que-diz!

Quando a conversa se finda,

Ele afinal,

Com a estrela mais linda,

Volta ao real!

.

.

 

Em Betânia

Vida singela

Vem por Deus a diligência

De Marta,

E também a audiência

De Maria.

Que ambas possam prover

Mesa farta,

E juntamente viver

Na harmonia.

Faça Ele esta união

Prosperar,

Para toda refeição

Dentro do lar.

Unir as mãos no labor

Em ação,

Ou uni-las no fervor

Da oração.

Em Betânia sempre havia,

Para ouvir,

Preferência de Maria

Ao ir e vir.

Recebeu esta o louvor

Inconteste

De Jesus com seu amor

De um Mestre.

Numa palavra singela,

Cordial,

Torna-se a vida mais bela

Afinal!

Momento

Maestro

Quando nos toca o estro,

Maestro,

O sorriso chega ao rosto,

Disposto.

Levanta voo a mente,

Presente,

Em busca da poesia,

Do dia.

O olhar busca o infinito,

Bendito,

Para trazer do seu astro,

O rastro.

O dedo também se agita,

Digita,

O sentimento desperta,

Na certa.

Momento de inspiração,

Ação,

Ela passa sobre nós,

Veloz.

Uma vez que foi perdida,

Na vida,

Iremos somente vê-la,

Na estrela...

   

Por mero acaso

Por mero acaso

Atrás de asas coloridas

De borboleta gentil,

Ela ficava escondida,

Não mostrando o perfil.

Mas, não podia esconder,

De sua alma a essência.

No estilo podia-se ver

Sua linda aparência,

Até que o dia chegasse

Para sua identidade,

Revelando sua face,

Como era de verdade.

A borboleta voou

Bem na hora do ocaso.

Assim ela revelou

Seu rosto por mero acaso...

Era como se esperava:

Igual ao interior,

Beleza não lhe faltava

Também no exterior.

Nesta estação outonal

De maio e seus jardins,

A borboleta, afinal,

Foi buscar outros confins...

,

Dádiva Divina

Vaidade feminina

Se uma palavra se cala

Por timidez,

Por certo ela mais fala

Em ti talvez...

No olhar logo se entende

Toda verdade

E nele se compreende:

Sinceridade.

O olhar a alma revela

Se a pessoa,

Ainda que seja bela,

É má ou boa!

A beleza interior

Que em ti habita,

Pode ser bem mais bonita

Que a do exterior!

Porém, ter ambas, eu creio,

É da mulher

O grandioso anseio

Que ela quer.

A vaidade feminina,

Quem não releva?

É uma dádiva divina

Às filhas de Eva...

Encontro de poetas

Minha tarde  com os poetas

A primeira palavrinha

Mãe

Em teu colo adormeci,

Recebendo o teu calor.

Segura estive eu aí,

Cercada por teu amor!

São três letras pequeninas

Carregadas de unção,

Lembram formosas boninas

No solo do coração!

De ti não me esqueço não,

Pois te guardo com carinho,

Dentro do meu coração

Que te quer de mim pertinho!

Mesmo estando distante,

Não deixo de te amar!

E me lembro a todo instante

Que és a rainha do lar!

Antonieta Costa

 

O carinho em forma de agasalho

Frio temporão

Castiga mais a pobreza

Necessitada

De sua ajuda.

Se você tiver riqueza

Entesourada

Que os acuda.

Também vale recolher

As doações

À caridade.

De porta em porta bater

Gera emoções

Na humanidade.

Não vale ficar alheio,

Braço cruzado,

Tão insensível.

Deus o fará, de permeio,

Abençoado

 De modo incrível:

.

No sorriso da criança

Ao receber

Roupa e calor.

Haverá a esperança

De devolver

Esse amor!