quinta-feira, 30 de junho de 2011

Loas ao silêncio

Lá no céu dorme a Lua
Oculta em véu nublado.
Até se apaga na rua
Seu letreiro iluminado.

A natureza adormece.
O passaredo cochila.

Sussurra-se uma prece,
Inverno cai na coxilha.
Logo a cidade em geral
Estressada silencia.
Na madrugada hibernal
Cada um em Deus confia
Imerso em sono tal.
O Senhor sempre vigia!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ao Timóteo


Todos a te esperar.
Indo pra te ver.
Muitos irão te aguardar.
Oh! Quantos vão te querer!
Trazes bênçãos aos teus pais
E para os teus avós.
Oh! Também a todos nós!

E que o Senhor te ofereça
Sem dúvida muitos dons,
Para que tu sempre cresças
Em caminhos muito bons.
Rumos de grande bondade
A tua vida abasteça
Dê a ti grande felicidade.
O teu viver engrandeça.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Boneco de Neve Feliz


Brinquedo no inverno feito
O tal boneco de neve.
No olhar infantil, perfeito!
E possui tudo que deve:
Com seus olhos de carvão,
O peito sem coração.

Deram-lhe um cachecol
Em falta de um belo sol.

Na face abre um sorriso.
Entre a neve e a friagem
Veste um gorro de friso
Exibindo boa imagem.

Felicidade ele traz
E alegria em geral.
Logo, porém, se desfaz,
Indefeso e incapaz,
Zunindo o vendaval.

semente

Sementinha

Bem pequenina semente
Ainda que de mostarda
Significa somente
Tamanho da Fé que arda
A partir d’alma e mente.
   Muito pouco é bastante.
   Um tal que nem apareça.
   Incentiva num instante
   Tudo para que aconteça.
O seu tamanho é pequeno.
Pode glória trazer.
O seu valor fará pleno
Um milagre ocorrer.
   Certamente ela até
   A montanha remove.
Feliz de quem a  Fé
É o que sua vida move.

sábado, 25 de junho de 2011

Sou caipira

                           Sou caipira

Quando chega o mês de junho, chega também a vontade de contar um “ causo” de minha terra no tempo em que ali tudo era mato, ou seja, por volta do século passado.
Quem me contou este foi um descendente de um dos personagens deste fato que ele afirma ser verídico. Não vou descrer, porque este contador de “ causos” não os conta a não ser para os que creem em sua palavra de homem honrado  na época em que se dizia “ palavra de rei não volta atrás”.
E foi assim que ele contou em uma roda de seus amigos e amigas:
Meu bisavô era um tocador de viola dos melhores e muito famoso na região de Mato Grosso onde ele nasceu. Seu companheiro de festas era um bom sanfoneiro  que não deixava passar uma oportunidade para animar os bailes das pessoas que o convidavam.
Certa vez os dois foram chamados para um arrasta-pé num arraial muito distante do que eles costumavam frequentar.
Na véspera  dessa viagem em que deveriam  atravessar  um perigoso trecho do pantanal, Tonico, o violeiro, teve um sonho que lhe mostrara claramente que não deveria ir,pois haveria risco de vida.
Então ,ao  amanhecer do novo dia, disse ao amigo sanfoneiro:
-Oi, Chico. Tenho que desistir da viagem porque sonhei que há perigo no atravessar da ponte. Como você sabe, tenho muita fé em Deus e quando vou assumir um compromisso sempre digo “ Se Deus quiser eu vou”.
.Chico respondeu:
-Comigo , não tem nada disso. Se Deus quiser ou não quiser eu vou. Compromisso é compromisso. E arriou seu cavalo, pôs a sanfona na garupa do baio e lá se foi sem olhar para trás.
Tonico ficou triste por ver a incredulidade de Chico.Pensou até em desfazer a amizade que tinha formado com ele há tanto tempo, mas logo foi trabalhar no seu roçado e se esqueceu do ocorrido.
Na manhã do outro dia, vê o ex-amigo de volta. Pergunta-lhe:
-E aí Chico  ?A festa foi animada?
-Que nada! Quando cheguei lá a ponte estava derrubada pelo vento forte e não consegui  sair de Mato Grosso um palmo sequer! Olha, amigão ,agora vou fazer como você disse : Se Deus quiser eu vou, se Ele não quiser eu não vou”.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cada um como Deus o fez

O Criador do Universo criou as estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno para que os seres humanos pudessem usufruir as belezas de todas, podendo, enfim, compará-las e eleger a mais linda e aprazível.
Deu à Primavera encantos mil: flores de todos os tipos e coloridos: pássaros canoros de lindas plumagens; árvores e mananciais cristalinos; ventos brandos em forma de brisas e inumeráveis favores.
Ao Verão ofereceu: o Sol quentíssimo para purificar tudo que ele tocasse e para tornar os frutos de cor amadurecida e apetitosa.
Ao Outono doou os ventos amenos e o clima temperado com árvores frutíferas próprias desta época como as maçãs e uvas e muitas outras que preferem as amenidades outonais.
Ao Inverno ofertou: a delicadeza da neve, a força dos ventos gelados, o frio de enregelar o corpo e desejo de permanecer nas tocas para os animais que precisam suportar a baixa temperatura.
As estações privilegiadas agradeceram as maravilhas recebidas das divinas mãos com sorrisos floridos e cânticos dos passarinhos
O Inverno não quis agradecer os dons ao Criador e ficou amuado em seu canto
Deus resolveu dialogar com ele e perguntar-lhe o porquê da amargura. Este Lhe respondeu:
_Sei que tudo sabes e criastes tudo certo. Queria que me desses algo que me fizesse notável com algo que as outras estações não poderiam ter jamais sem ser o gelo e seus decorrentes. Para ser mais claro desejaria ter uma flor que fosse só minha. Sei que tu podes dar-me esta dádiva com perdão deste pedido.
._Dar-te-ei uma flor que só existe nos altos das montanhas geladas de cor tão pura e branca que será buscada para símbolo do mais elevado amor.
_Como será o nome dela, Senhor? Perguntou o Inverno todo contente, demonstrando já um sorriso raro porque ele era de pouco sorrir.
-Terá o nome de Edelvais. Será colhida somente pelos que muito amam para entregá-la à sua amada que a guardará como prova de um grande amor. E foi assim que o Inverno se conformou com o seu frio, sabendo que nele se encerraria o símbolo do amor que tudo transforma em primavera.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Livros publicados





            A Semeadora

Ela nasceu no Estado do Paraná, quase na fronteira com o rio Grande do Sul. Filha de agricultores desde menina gostava de plantar mudas de flores.
Suas mãos sempre abençoadas faziam as plantas prosperarem e florescerem chamando para elas os beija-flores e os olhares dos que amam a natureza.
Por onde passava, em suas constantes mudanças, Dalva ia deixando seu rastro per fumado. Seus pais diziam:
_Para que plantar um jardim tão lindo se logo vamos indo para outro lugar? A criança respondia:
_Não me importo em deixar o que plantei. Mais adiante faço outro jardim bem mais bonito que este.
E assim Dalva ia deixando suas flores como sinal de sua passagem pelo chão até que um dia ficou moça. Sendo ela tão mimosa quanto o que semeava logo atraiu muitos pretendentes à sua mão. Seus pais diziam:
_Você ainda é muito nova. Não tem 18 anos ainda. Para que pensar em casamento?
Ela ouvia e concordava com eles, continuando a levar sua vida de jovem obediente.
Quando chegou o tempo certo, seus pais consentiram que se casasse e fizeram a festa mais linda que puderam.
Foi então que Dalva e seu marido vieram para esta região do interior de São Paulo atraídos pelo trabalho de agricultura. Dalva continuou florescendo com filhos. Mesmo tendo muito que fazer dentro do seu lar, cercou-o de jardins belíssimos. Também floresceu em amizades, tornando-se amiga de suas vizinhas e de muitas pessoas da comunidade em que se fixou.
Hoje com seus filhos e filhas já criados e independentes, está colhendo o que semeou pela sua jornada de um viver bondoso e piedoso: ela sabe falar das mensagens do evangelho que ouve sempre com atenção para, depois, semeá-las aonde vai caminhando. Desta vez colherá flores espirituais.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Jornadeando


Já andei por muitas estradas
Onde pude observar:
Rios ,pontes e pousadas
No rumo para o meu lar.

A poesia comigo trago-a
Dentro de mim escondida.
Entre uma e outra mágoa
Ameniza esta lida.

Neste início de inverno
Do verso faço a lareira
O aconchego mais terno.

Vou seguindo muito crente
O ideal sempiterno:
Uma vida florescente.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Olor da poesia

A flor o néctar transuda
Com o seu próprio perfume.
O poeta a alma desnuda
Com seus versos de queixume.

O néctar da poesia
Tem o amável olor
Da divina ambrosia
Famosa por seu sabor.

É o mais seleto dos méis
Pelos mortais hauridos
Com loas dos menestréis
Em seus cânticos sentidos

E dele se oferece
Nas entrelinhas do verso
Que por magia aparece
Como estrelas  no universo.
Um lindo arbusto risonho
Misto de rosa e lilás
Parece um pouco de sonho...
É na verdade algo mais!
De seu aroma agradável
Entregue à brisa de graça
Muito se faz amorável
A toda gente que passa.
No jardim a evidência
A essa planta se dá.
Cede-se a preferência
Ao cheiroso MANACÁ....

domingo, 19 de junho de 2011

“Se Deus quiser”

Diz todo bom sertanejo
Erguendo a aba do chapéu.
Sua mulher também vejo
Erguer olhar para o céu.

No rancho humilde se aprende
A obedecer a Deus.
Ele dá o que pretende
Para o bem dos filhos seus.

Aprende-se a respeitar
Seu santo nome também.
Ninguém deve duvidar
Que Ele vai fazer o bem.

Hoje na urgência da vida
Num corre-corre qualquer
Muita gente esquecida
Não diz mais “Se Deus quiser”.

Acham que isso é atraso.
Que não se precisa disto.
E não é por um acaso
Que se afastam de Cristo!

sábado, 18 de junho de 2011

Na volta do campo
A sinfonia dos sapos
No brejo.
Tikashi Imazato
O haicaísta Sr.Tikashi ´que faz parte do Grupo Nagissa é além de consagrado poeta no Japão um  músico excelente  e aplaudido. Embora tenha idade suficiente para querer ficar em folga, ele prefere participar de estudos e criações de haicais e também nas  festividades  do Clube Nipônico em São Carlos.

Oceano Pacífico
Visto de avião
Na primavera.
Kinuko Tomioka

Este haicai foi vivido recentemente pela famosa haicaísta Kinuko em sua viagem ao Japão. Foi juntamente com a filha, genro e netinha para rever a senhora sua mãe. Sentimos saudades dela, mas felizmente voltou logo e já está entre nós com a sua incrível máquina fotográfica sempre apta a focalizar cenas interessantes.

Borboletas brancas
Revoam pelos cantos
Do quintal.
Tunao Furuya
 Inspirado no lindo haicai do grande haicaísta Sr. Tunao Furuya, fiz este acróstico:


Antes da hibernal chegada
Nuvens de brancas falenas
Trazem à minha morada
Esta encantadora cena.
Sobrevoando canteiro
De aromáticas flores
O dia quase inteiro
Inalam tais odores.
No outono em seu final
Ver espetáculo raro
Encanta o vasto quintal
Realçando o dia claro.
No ar borboleteando
O encanto vão deixando.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eclipse acontecido
Com a Lua em fase plena.
Lindo foi o ocorrido
Imerso em noite serena.
Por um momento raro
Sua cor tornou-se amena
Entre a penumbra e o claro...

Lá no interior do lar
Um eclipse referido
Na certa pude avistar.
A quem não viu este caso
Resta esperar outro acaso...
O espírito de gratidão

Entre as qualidades de um haicaísta ( haijin) destaca-se a gratidão...
Parece que todos nós temos este sentimento?
Refletindo sobre isto vejo que não...É um ponto crítico e merece ser mais observado por todos nós que nos julgamos seres humanos.. .mas, que temos muito a aprender com os animais, vegetais e até minerais.
Acham que estou exagerando...
Alguém deve estar pensando que enlouqueci ao dizer que uma pedra, que pertence ao reino dos minerais, possa dar exemplo de gratidão...
Mas, não estou sem juízo quando afirmo tal fato. Embora a pedra não seja considerada entre os seres vivos como animais e vegetais, elas têm sentimentos também...
Não zombe, amigo blogger...Apenas cito um versículo da Bíblia para testemunhar o que eu disse sobre o assunto:
“Se tu calares, as pedras clamarão”.
É um ponto polêmico? Na verdade, o que eu penso, com humildade, pois não desejo discutir com ninguém, muito menos com os entendidos em temas bíblicos, é o seguinte:
Quando nos negamos a falar sobre o que sabemos do Evangelho, Deus pode fazer até os que têm o coração pétreo testemunharem a respeito deste tema que envolve tudo de maravilhoso que Jesus fez por nós pecadores.
A partir daí, há que cultivar a gratidão dentro de nós ao admirar a natureza que o Criador nos deu e tudo mais que nos rodeia para dela usufruirmos juntamente com nossos familiares e todos que se juntam a nós pelos laços afetivos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Maria Paula

Neta de Neide e Joaquim
É menina muito linda
Plena de encantos enfim.

Seus pais contentes estão
Com felicidade infinda
Alegrando o coração.

Também nós amigos seus
Exultamos de alegria
Agradecendo a Deus.

Por ter a gentil menina
Nascido toda harmonia
Com plena graça divina.
Compartilhando

Coisa mais linda que esta?
O compartilhar do pão!
Muito mais que fazer festa
Precisa de coração!
Alma inteira aí entra.
Requer o corpo também.
Tudo de bom se concentra
Integrando o fazer bem.
Luz para nossa mente
Habita na palavra santa
A nos guiar mansamente.
No solo em que prospera
Dadivosa a semente
O trigo sem joio se espera!

Aniversário de Três lagoas

Para quem viaja
Ao encontro do sol
É sempre madrugada.

Helena Kolody

Muitas vezes fiquei meditando sobre este haicai de Helena Kolody, grande e consagrada haicaísta paranaense.
Confesso que não entendia muito bem o que ela queria insinuar com estas palavras.
Hoje, entretanto ,ao lembrar-me de  que é aniversário de minha cidade natal, Três Lagoas, compreendi tudo em um segundo
Era ainda madrugada quando despertei e pensei nela com muito amor.
Lembrei-me, passo a passo, de todos os detalhes de minha vida lá transcorridos a partir de minha infância. Depois a minha juventude. Enfim o decorrer de toda uma existência.
Assim percebi que na viagem de lembranças que fiz até chegar ao ponto" sol" de minha cidade, eu caminhei até ele de madrugada. Compreendi que quando se pensa com amor em algo ou alguém, a gente começa a pensar com antecedência e insistência...
Desejo à minha querida terra natal muitas felicidades neste seu aniversário em que se aproxima do glorioso centenário,pois foi fundada em l915 nesta bela  data.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A margarida e o malmequer
Entre as douradas margaridas de uma quadra aberta e vazia ,escondiam-se alguns malmequeres da mesma cor.
Uma margarida com ar de supervisora perguntou ao malmequer mais próximo o motivo que os tornavam tão esquivos assim, como se quisessem esconder-se de alguém que os perseguisse.
A tímida flor respondeu-lhe:
_Nós nos escondemos das moças românticas e antiquadas . Elas têm a superstição de pegar uma de nós e arrancar nossas pétalas para fazerem um jogo da sorte.
_E o que elas desejam saber com esta atitude tão pouco delicada?
_Elas desejam saber se o namorado delas lhe quer bem ou mal.
_Que absurdo! Seria melhor que elas fossem à igreja e orassem pedindo orientação a Deus. Só Ele sabe o que o futuro nos reserva de bom ou ruim.
Neste instante apareceram duas jovens procurando por malmequeres. Estes se ocultaram debaixo das amigas margaridas e ficaram pálidos de medo.
Logo as mocinhas resolveram ir embora porque não os viram.
Então, a supervisora das margaridas concluiu com sabedoria:
_Logo vocês ficarão livres deste suplício ,pois o tempo da superstição já passou. Hoje vivemos em outra época.  As meninas não se prendem mais a estas bobagens. 
_ Felizmente, concluiu o malmequer com um suspiro de alívio.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011


ACRÓSTICO
Sonhos para o coração
O júbilo receber.
Na tua realização
Há regozijo a valer.
Os sonhos que tu tens
Somam metade de teus bens!

E

Ideais são para a mente
Dirigir teus pensamentos.
Eleva- os corretamente
Ao teu desenvolvimento.
Integram os dois a essência
Singela da existência.
.


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