sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Cantar dos Pássaros

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O Cantar dos Pássaros

É a sinfonia

De um belo recanto

Onde há um regato...

 

Não tem altos píncaros,
E sua harmonia

De verde encanto,

É sem aparato.

 
Quiseram vendê-lo,

Sem muito pensar,

Por mera vaidade

Ou insensatez...

 

Mas, alguém com zelo,

Começa a apontar

Suas qualidades,

Por mais de uma vez...

 

As palavras  de Fé

E de boa estima

Impediram a venda

Para um prejuízo...

 

Sentiram até
Que tudo se anima
Andando na senda
Desse paraíso...
 
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Setembro bem-vindo


 

 

Entre a melancolia

Das folhas caindo,

No fim de agosto,

Pressente-se a alegria

De setembro lindo

Com um novo rosto!

 

Já se percebem renovos

Na preparação

Da verde folhagem,

Para os meses novos

De outra estação

Com melhor imagem!

 

Quando a aurora aquece

Em róseo encanto

A tela celeste,

Da noite se esquece

O sombrio manto

Que a terra reveste...

 

Logo se expande intensa

Aos raios de luz

Que a torna querida

 

Na espera imensa

De bênçãos a flux

Sobre toda a vida!

 

 

 

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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dia do fotógrafo



 

 

De poeta e fotógrafo

Todos vós

Tendes um pouco...

Sem autógrafo,

Tendo  voz,

Ou quase roucos...

 

Ele passa no universo

E o flash faz,

Com sábio olhar

No alvo imerso

Em sua paz

De grande arte!

 

Tudo no mundo é visto

Por seus olhares,

E nos oferecem

Os seus registros

De céus e mares

Que embevecem!

 

Ele também é poeta

Vendo a beleza

Com emoção

Pois é esteta

Da natureza

Com perfeição!

 

 

 

 

 

 

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Sabe aquelas cerejas vermelhas do bolo?



Sabe aquelas cerejas
Vermelhas
Do bolo
Natalício,
Centelhas
De fogo
No início?

Carregam tanto às ramadas
Que elas pendem
Para o chão
E fenecem,
Ou as vendem
Por tostões
Que envilecem.

No entanto têm valor
Quando guarnecem
Os confeitos
Qual rubim
E os enaltecem
Tão perfeitos.
Joias enfim...

Mas, as que caem na terra,
Muito mais lindas,
Ao renascerem
Eternamente,
Serão infindas
Ao reviverem,
Como sementes...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sabedoria Popular


Sabedoria popular



Quem sabia como os antigos

Sobre o tempo,

As mezinhas,

Benzeduras?



Evitavam ao seu povo:

Contratempo,

Com rezinhas

E as curas!



Benziam a criançada

De quebranto,

Mau- olhado,

E de susto!



Faziam até parto

Num recanto,

Afastado,

Sem custo!



Acabavam com bicheira

Do seu gado,

Em geral

Só com reza.



Rezavam pelo casório

Encrencado,

Ao final

Que se preza...



Quase ninguém mais sabe

De vivência

Que se fale

De valia.



Hoje virou Folclore.

Só Ciência

É que vale

Nestes dias!















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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fora do Paraíso




Fora do Paraíso



Onça pintada anuncia

Pela floresta

Tão selvagem e sombria,

Que detesta

O homem que atira e mata,

Põe armadilha,

Que os bichos todos maltrata

Em sua trilha.



Ordena muito cuidado,

Pois ele é vil,

Que fiquem todos guardados

Em cada covil.

Não respeita majestade

Nem natureza,

Não conhece a bondade

E tem fereza...



O bicho homem é ruim

Pela ganância

Mas ele não era assim

Em sua infância.

Esqueceu-se do seu Deus

Que lhe deu graça,

Saiu dos caminhos seus

Por onde passa.



Era pra ser o melhor

Dos animais

E se tornou bem pior

Que os demais.

Mas, no dia do Juízo,

Sem talvez,

Vai fora do Paraíso

Outra vez...




























quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A vez do ipê amarelo

 
Copa Dourada



Olhando pela janela

O que se vê

É a fronde amarela

De lindos ipês.



O carro corre na estrada

E o olhar se estende

Sobre as copas douradas

Às quais se rende.



São pétalas feitas do ouro

De sonho áureo

Que guarnece o  tesouro

Do imaginário.



Não são flores duradouras,

Pois cedo fenecem

E nas estações vindouras

De novo crescem.



Mas, quem há de esquecê-las,

Voando ao léu,

Transformadas em estrelas

De ouro no céu?


























segunda-feira, 13 de agosto de 2012

E o vento não levou

 
E o vento não levou



As palavras que confortam

Na amargura,

Pois são elas que importam

Com doçura.



Transformam toda a tristeza

Em melodia,

Com o encanto e a beleza

Da poesia.



Por que as respeita o vento,

Sendo amistoso,

Levando outras no momento

Audacioso?



É que ele sente também

Que vale a pena,

Fazer em vida o bem

Que a torna amena.



É que ele tudo sabe

Do que é vão,

Para que não se acabe

O coração.



E o vento não levou,

Mantendo a calma,

A semente que ficou

Em tua alma...











  






















quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Raio de sol no inverno, vira primavera

 

No banco frio da praça
Do Universitário
Ao vento hibernal que passa,
Alguém solitário.

Tinha serena atitude
Aquele senhor
Que Inspirava virtude
Para seu favor.

Pegava um raio de sol
E apenas isso,
Sem fazer parte do rol
De um compromisso.

Ele parecia imerso
Numa oração,
Alheio ao universo
De muita ação.

Diz-lhe uma estudante 
Que o sol neste dia
Não iria mais adiante,
Pois se esconderia.

Respondeu-lhe o senhor:
_Nele me seduz,
Muito, além de calor,
É poder ver sua luz!

Elevo a Deus minha prece
Pela claridade
Que o seu nome enaltece
Na humanidade,

E a primavera renasce
Como a cerejeira
Que num breve passe
Floresce inteira...

















 











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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pai Conselheiro

 
Pai Conselheiro



Filho, em sua jornada,

Tenha sua alma tranquila

E nela não haja nada

Do ódio que aniquila.



No farnel para a viagem

Leve só o necessário,

Que não pese na bagagem

De seu caminhar diário.



Se a dor vier no espinho

E o pranto surja até,

Nunca se sinta sozinho,

Envolvido pela Fé!



Não tenha muita ambição

E não seja avarento.

Compartilhe o seu pão

Com o que está sem sustento.



Vá semeando a palavra

Do evangelho de Jesus

Ao pecador que andava

Sem conhecer sua Luz!











 Filho! Se fizer tudo isto,

Terá companhia leal

 No amigo que é Cristo,

Para livrá-lo do mal!

 







 














segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Intraduzível saudade

 
I

Intraduzível saudade

Só na língua portuguesa
A saudade tem sabor
Agridoce com certeza,
Misturado com o amor
Dos que iam viajar
Pela imensidão do mar...

Com as pérolas do pranto
Umedecendo a face,
Já não havia mais canto
Que a alma confortasse
Aos que iriam ficar
Na solidão de seu lar...

A saudade dolorosa
Dos navegantes um dia,
Tornar-se-ia em rosa
E motivo de alegria,
Quando pudessem voltar
E ao ser querido abraçar!

Sentimento muito pleno
Já no oceano não cabe,
Pois o mar é tão pequeno
Para que ele se acabe.
Como assim vai se expressar
Quem noutra língua falar?








 


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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Perto das Estrelas

 
Perto das estrelas



Rodeiam Jerusalém

Altas montanhas

De Sião,

Inabaláveis também

Às artimanhas

Lá do chão.



Inspiram Serenidade

A quem as admira

Com alma.

Ensinam fraternidade

Ao que aspira

Ter calma.



Vale muito poder vê-las

Mesmo em gravuras

Ao léu,

Muito perto das estrelas

Suas molduras

No céu.



Este show da natureza

Em paz imensa

Seduz,

Ela nos dá a grandeza

De forma intensa

Na Luz.


























quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Sarmo 23 dos mineiros



Boa-tarde

Sarmo 23 dos Mineiros

O sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos d'água carma
Inda que eu tenha qui andá nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta;
não careço tê medo di nada
a-modo-de-quê
Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá…
AMÉIM!

Eita nóis...
Abraços