quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Minhas poesias

Herança


Certa vez, eu vi meu pai, num acaso,
Na inspiração fugaz da poesia,
Como se estivesse, em curto prazo,
Fora do mundo cheio de utopia

Aos célebres reflexos do acaso
Um soneto ungido lhe nascia,
Recém-vindo do lúcido parnaso,
Refúgio ao qual se ascendia.

Na minha inocência de criança
Talvez não entendesse tal momento
Repleto de grandeza e bonança.

Só depois percebi com grato alento
Que nele me foi dada a herança
De transformar em verso o sentimento.



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