Na Rua do Cosme Velho
Da meia noite ao fim,
Não se via o evangelho.
Num enorme caldeirão,
Queimava folhas um bruxo.
O fogo vinha em roldão
Sem sofrer nenhum repuxo.
Fagulhas em escarcéu
Subiam por todo lado.
Espalhavam-se no céu
Com papel incinerado.
A vizinha atrevida
Apelidou-o de bruxo.
E assim por toda a vida
Repercutiu este fluxo.
Seu nome era Machado
De Assis, o Imortal.
Ele assim foi alcunhado
Sem a ninguém fazer mal...
O Bruxo do Cosme Velho
Transformou-se em cognome.
Se você quer um conselho
Respeite muito este nome.
Ele é o fundador
Da nossa Academia
De Letras e o escritor
Que nos traz muita alegria.
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