sexta-feira, 24 de junho de 2011

Cada um como Deus o fez

O Criador do Universo criou as estações: Primavera, Verão, Outono e Inverno para que os seres humanos pudessem usufruir as belezas de todas, podendo, enfim, compará-las e eleger a mais linda e aprazível.
Deu à Primavera encantos mil: flores de todos os tipos e coloridos: pássaros canoros de lindas plumagens; árvores e mananciais cristalinos; ventos brandos em forma de brisas e inumeráveis favores.
Ao Verão ofereceu: o Sol quentíssimo para purificar tudo que ele tocasse e para tornar os frutos de cor amadurecida e apetitosa.
Ao Outono doou os ventos amenos e o clima temperado com árvores frutíferas próprias desta época como as maçãs e uvas e muitas outras que preferem as amenidades outonais.
Ao Inverno ofertou: a delicadeza da neve, a força dos ventos gelados, o frio de enregelar o corpo e desejo de permanecer nas tocas para os animais que precisam suportar a baixa temperatura.
As estações privilegiadas agradeceram as maravilhas recebidas das divinas mãos com sorrisos floridos e cânticos dos passarinhos
O Inverno não quis agradecer os dons ao Criador e ficou amuado em seu canto
Deus resolveu dialogar com ele e perguntar-lhe o porquê da amargura. Este Lhe respondeu:
_Sei que tudo sabes e criastes tudo certo. Queria que me desses algo que me fizesse notável com algo que as outras estações não poderiam ter jamais sem ser o gelo e seus decorrentes. Para ser mais claro desejaria ter uma flor que fosse só minha. Sei que tu podes dar-me esta dádiva com perdão deste pedido.
._Dar-te-ei uma flor que só existe nos altos das montanhas geladas de cor tão pura e branca que será buscada para símbolo do mais elevado amor.
_Como será o nome dela, Senhor? Perguntou o Inverno todo contente, demonstrando já um sorriso raro porque ele era de pouco sorrir.
-Terá o nome de Edelvais. Será colhida somente pelos que muito amam para entregá-la à sua amada que a guardará como prova de um grande amor. E foi assim que o Inverno se conformou com o seu frio, sabendo que nele se encerraria o símbolo do amor que tudo transforma em primavera.

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