quinta-feira, 23 de junho de 2011

            A Semeadora

Ela nasceu no Estado do Paraná, quase na fronteira com o rio Grande do Sul. Filha de agricultores desde menina gostava de plantar mudas de flores.
Suas mãos sempre abençoadas faziam as plantas prosperarem e florescerem chamando para elas os beija-flores e os olhares dos que amam a natureza.
Por onde passava, em suas constantes mudanças, Dalva ia deixando seu rastro per fumado. Seus pais diziam:
_Para que plantar um jardim tão lindo se logo vamos indo para outro lugar? A criança respondia:
_Não me importo em deixar o que plantei. Mais adiante faço outro jardim bem mais bonito que este.
E assim Dalva ia deixando suas flores como sinal de sua passagem pelo chão até que um dia ficou moça. Sendo ela tão mimosa quanto o que semeava logo atraiu muitos pretendentes à sua mão. Seus pais diziam:
_Você ainda é muito nova. Não tem 18 anos ainda. Para que pensar em casamento?
Ela ouvia e concordava com eles, continuando a levar sua vida de jovem obediente.
Quando chegou o tempo certo, seus pais consentiram que se casasse e fizeram a festa mais linda que puderam.
Foi então que Dalva e seu marido vieram para esta região do interior de São Paulo atraídos pelo trabalho de agricultura. Dalva continuou florescendo com filhos. Mesmo tendo muito que fazer dentro do seu lar, cercou-o de jardins belíssimos. Também floresceu em amizades, tornando-se amiga de suas vizinhas e de muitas pessoas da comunidade em que se fixou.
Hoje com seus filhos e filhas já criados e independentes, está colhendo o que semeou pela sua jornada de um viver bondoso e piedoso: ela sabe falar das mensagens do evangelho que ouve sempre com atenção para, depois, semeá-las aonde vai caminhando. Desta vez colherá flores espirituais.

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