sábado, 5 de novembro de 2011

Ao Nível



Ao nível da nuvem

Sobe o coração.

Quando o medo vem

Não o abaixe não!



Ela é alvíssima,

Dom de escultor.

Está muito acima

De tristeza e dor.



Rima dificílima

Até ao poeta.

Tem gosto de lima

Ao chegar à meta.



Ela é libérrima

E flutua ao vento.

Não se adapta à rima,

Nem ao pensamento.



Não é melancólica

E voa no espaço.

Segue a força eólica

Sem ter embaraço.



Sempre é ingênua

Por ser alva e pura.

Nela se atenua

A insolação dura.



Deixe lá eufórico

O coração alvo.

Será sempre rico

E do mundo salvo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário