Ao nível da nuvem
Sobe o coração.
Quando o medo vem
Não o abaixe não!
Ela é alvíssima,
Dom de escultor.
Está muito acima
De tristeza e dor.
Rima dificílima
Até ao poeta.
Tem gosto de lima
Ao chegar à meta.
Ela é libérrima
E flutua ao vento.
Não se adapta à rima,
Nem ao pensamento.
Não é melancólica
E voa no espaço.
Segue a força eólica
Sem ter embaraço.
Sempre é ingênua
Por ser alva e pura.
Nela se atenua
A insolação dura.
Deixe lá eufórico
O coração alvo.
Será sempre rico
E do mundo salvo.
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