segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Quanto custa um sonho?

O vendedor de balões



Nas ruas descoloridas

Lá do Afeganistão,

Como exemplo de vida

Veja-se este afegão.



Alheio a tanta tristeza

Vai vendendo os seus balões.

Há de vender com certeza

Aos que buscam ilusões.



Podem ser muitas crianças

Como também sonhadores.

Os que nutrem esperança

De esquecer as suas dores.



São pedacinhos de sonhos

Que satisfazem a mente.

Deixam os rostos risonhos

E o coração inocente.



O preço é irrisório

Para dar tanta ventura.

Poderá ser ilusório

Mas alegra a criatura.

-Quero o balão cor de brasa

E aqui está o dinheiro,

Diz logo a dona de casa

Com seu ar todo faceiro.



-Eu quero o amarelo,

Vai dizendo o pequeno

Que o acha muito belo

Com seu jeito tão ameno.



E assim de um a um

O bom homem vende todos,

Até não sobrar nenhum

Sem que use de engodos.





Embora ganhando pouco,

Distribui a fantasia...

Se alguém o julga louco,

Não sabe o que é alegria!

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